Uma parceria entre o Exército e a ACIRP acolhe venezuelanos; dados mostram que 119 refugiados passaram pela cidade neste ano
Por Maristela Fortunato
A presença de imigrantes venezuelanos nas esquinas de Ribeirão Preto intriga os moradores. São homens e mulheres que saíram de seu país de origem em busca de sobrevivência. Como eles vieram parar aqui? A adesão a um programa nacional de acolhimento é o que coloca a cidade na rota de refugiados.
A Operação Acolhida é coordenada pelo governo federal e conta com apoio da ONU (Organização das Nações Unidas) e outras 100 entidades da sociedade civil. De acordo com o Ministério da Cidadania, desde abril de 2018 o Brasil recebe habitantes do país vizinho. Dados do Sismigra (Sistema de Registro Nacional Migratório) mostram que Ribeirão Preto contabilizou de janeiro a setembro deste ano a presença de 119 estrangeiros que desembarcaram na cidade por meio do programa. Em 2021 foram 231 que passaram pela cidade.
Diante disso, representantes do Exército e da Acirp (Associação Comercial e Industrial) firmaram um acordo em 2020. “O Exército escolhe os imigrantes que virão e a cidade se compromete a fazer contato com empresários para que eles tenham emprego”, afirma Cynthia Soares Carneiro, professora do curso de direito da USP de Ribeirão Preto.
No ano de 2022 a cidade passou receber também, venezuelanos da tribo indígena Warao, eles chegaram por conta própria em Ribeirão Preto, porém a adaptação cultural do grupo tem sido complexa.
Segundo Carneiro, eles enfrentam problemas de estabilidade em emprego formal e vivem em situação de vulnerabilidade. “Eles pagam tudo com moedinhas de um real, desde aluguel a comida”, diz. Dos 69 venezuelanos que chegaram na cidade há dois anos, dez deles saíram de Ribeirão Preto e tiveram despesas pagas pela prefeitura. Outros 59 vivem em casas alugadas, custeadas do próprio bolso.
A Secretaria de Assistência Social de Ribeirão Preto oferece dormitório para pessoas em situação de rua ou sem condições de se sustentar. A permanência máxima na Casa de Passagem é de três meses e a capacidade de até 50 pessoas. Hoje os imigrantes não estão mais no local, mas segundo a prefeitura, são acompanhados por uma equipe técnica do Departamento de Proteção Social Especial.
Programa de acolhimento em Ribeirão Preto abriga estrangeiros em vulnerabilidade social
Uma parceria entre o Exército e a ACIRP acolhe venezuelanos; dados mostram que 119 refugiados passaram pela cidade neste ano
Por Maristela Fortunato
A presença de imigrantes venezuelanos nas esquinas de Ribeirão Preto intriga os moradores. São homens e mulheres que saíram de seu país de origem em busca de sobrevivência. Como eles vieram parar aqui? A adesão a um programa nacional de acolhimento é o que coloca a cidade na rota de refugiados.
A Operação Acolhida é coordenada pelo governo federal e conta com apoio da ONU (Organização das Nações Unidas) e outras 100 entidades da sociedade civil. De acordo com o Ministério da Cidadania, desde abril de 2018 o Brasil recebe habitantes do país vizinho. Dados do Sismigra (Sistema de Registro Nacional Migratório) mostram que Ribeirão Preto contabilizou de janeiro a setembro deste ano a presença de 119 estrangeiros que desembarcaram na cidade por meio do programa. Em 2021 foram 231 que passaram pela cidade.
Diante disso, representantes do Exército e da Acirp (Associação Comercial e Industrial) firmaram um acordo em 2020. “O Exército escolhe os imigrantes que virão e a cidade se compromete a fazer contato com empresários para que eles tenham emprego”, afirma Cynthia Soares Carneiro, professora do curso de direito da USP de Ribeirão Preto.
No ano de 2022 a cidade passou receber também, venezuelanos da tribo indígena Warao, eles chegaram por conta própria em Ribeirão Preto, porém a adaptação cultural do grupo tem sido complexa.
Segundo Carneiro, eles enfrentam problemas de estabilidade em emprego formal e vivem em situação de vulnerabilidade. “Eles pagam tudo com moedinhas de um real, desde aluguel a comida”, diz. Dos 69 venezuelanos que chegaram na cidade há dois anos, dez deles saíram de Ribeirão Preto e tiveram despesas pagas pela prefeitura. Outros 59 vivem em casas alugadas, custeadas do próprio bolso.
A Secretaria de Assistência Social de Ribeirão Preto oferece dormitório para pessoas em situação de rua ou sem condições de se sustentar. A permanência máxima na Casa de Passagem é de três meses e a capacidade de até 50 pessoas. Hoje os imigrantes não estão mais no local, mas segundo a prefeitura, são acompanhados por uma equipe técnica do Departamento de Proteção Social Especial.
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