Obstetra do Hospital Materno-Infantil Sinhá Junqueira, do Hapvida, explica as causas e sintomas da doença e traz orientações quanto à sua prevenção
A gravidez é um momento único na vida de uma família. Entretanto, é uma fase que requer muito cuidado com a saúde da mulher e, consequentemente, com a do bebê. Durante a gestação, uma das grandes preocupações é com relação à pré-eclâmpsia e suas consequências.
Ronaldo Oliveira, obstetra do Hospital Materno-Infantil Sinhá Junqueira, explica que a pré-eclâmpsia é uma doença que ocorre durante a gestação, especialmente nos 2° e 3° trimestres, e que se desenvolve na gestante que tem seus níveis pressóricos alterados combinado a outros fatores. “Já a eclâmpsia são as convulsões na gestante após a 20ª semana de gravidez, naquela mulher que normalmente já desenvolveu pré-eclâmpsia prévia, sendo uma das complicações mais graves dessa doença”, frisa.
Segundo Oliveira, alguns fatores de risco contribuem para o desenvolvimento da pré-eclâmpsia como: obesidade (índice de massa corporal maior do que 30); pressão alta; diabetes pré-gestacional; doenças autoimunes, como o lúpus por exemplo; gestação gemelar; e idade materna avançada (maior do que 40 anos). “Essas pacientes possuem um risco maior de desenvolver a pré-eclâmpsia e suas complicações durante a gestação”, afirma.
Sintomas e Prevenção
O obstetra explica que apesar da sua gravidade, a doença tem prevenção e as complicações podem ser evitadas.
“Após o diagnóstico de pré-eclâmpsia ou na condução do pré-natal de uma gestante com alterações pressóricas, é preciso estar atento a alguns sintomas para minimizar as suas complicações, como a eclâmpsia”, diz. “Se a paciente apresentar aumento de pressão arterial associado a dor de cabeça; dor no estômago e escotomas (enxergar ‘vagalumes’ ou pontos brilhantes); deve buscar ajuda e orientação médica em serviços de urgência”, reforça.
Quanto à prevenção, Oliveira explica que as pacientes que possuem algum desses fatores de risco, devem conversar com o seu médico e avaliar tratamentos profiláticos idealmente iniciados com 12 semanas de gestação. “Este consiste, basicamente, na introdução do Ácido acetilsalicílico (AAS) e em uma dieta rica em cálcio ou sua suplementação.”
Tratamento
Outro ponto importante, segundo o obstetra, é que tanto para a pré-eclâmpsia e controle da pressão arterial na gravidez há tratamentos específicos que devem ser prescritos por um médico.
“Existem alguns medicamentos que a gestante não pode fazer uso por riscos de causar malformação fetal. Por isso, é importante que as mulheres, antes de engravidar, procurem seu ginecologista para uma avaliação pré-concepcional. Nesse caso, em conjunto com o cardiologista, será feita a adequação e previamente será definido qual o melhor tratamento”, orienta. “Em geral, as convulsões na gestante são comumente precedidas pelos sinais e sintomas de eclâmpsia iminente”, completa Oliveira.
O obstetra do Sinhá Junqueira afirma ainda que é possível ter eclâmpsia no pós-parto. “A paciente que tem pré-eclâmpsia pode desenvolver complicações pressóricas no puerpério, que são os dias e primeiras semanas no pós-parto, e uma delas seria a convulsão. Por isso, é necessário ter uma vigilância nas medidas pressóricas para evitar que essa puérpera convulsione”, sinaliza.
De acordo com o médico, todas as medidas e tratamentos para controle da pressão na gestação tem o objetivo de evitar morbidades graves, como: Acidente Vascular Cerebral (AVC); insuficiência renal, hepática e cardíaca; edema pulmonar; coagulopatias; até mesmo complicações para o bebê, como restrição de crescimento, por exemplo.
“Sabemos que 10% a 15% das mortes maternas diretas estão associadas à pré-eclâmpsia e eclâmpsia, sendo que muitas são evitáveis com medidas básicas como: adesão a consultas de pré-natal; aferição de pressão arterial no consultório; anamnese detalhada feita pelo profissional da saúde que conduz o pré-natal; exames complementares básicos; além de uma vigilância nessa gestante que possui alterações pressóricas, orientando-a procurar um atendimento médico de urgência na vigência de sinais de alerta”, conclui Oliveira.
Pré-Eclâmpsia: saiba como o diagnóstico precoce pode evitar complicações na gravidez
Obstetra do Hospital Materno-Infantil Sinhá Junqueira, do Hapvida, explica as causas e sintomas da doença e traz orientações quanto à sua prevenção
A gravidez é um momento único na vida de uma família. Entretanto, é uma fase que requer muito cuidado com a saúde da mulher e, consequentemente, com a do bebê. Durante a gestação, uma das grandes preocupações é com relação à pré-eclâmpsia e suas consequências.
Ronaldo Oliveira, obstetra do Hospital Materno-Infantil Sinhá Junqueira, explica que a pré-eclâmpsia é uma doença que ocorre durante a gestação, especialmente nos 2° e 3° trimestres, e que se desenvolve na gestante que tem seus níveis pressóricos alterados combinado a outros fatores. “Já a eclâmpsia são as convulsões na gestante após a 20ª semana de gravidez, naquela mulher que normalmente já desenvolveu pré-eclâmpsia prévia, sendo uma das complicações mais graves dessa doença”, frisa.
Segundo Oliveira, alguns fatores de risco contribuem para o desenvolvimento da pré-eclâmpsia como: obesidade (índice de massa corporal maior do que 30); pressão alta; diabetes pré-gestacional; doenças autoimunes, como o lúpus por exemplo; gestação gemelar; e idade materna avançada (maior do que 40 anos). “Essas pacientes possuem um risco maior de desenvolver a pré-eclâmpsia e suas complicações durante a gestação”, afirma.
Sintomas e Prevenção
O obstetra explica que apesar da sua gravidade, a doença tem prevenção e as complicações podem ser evitadas.
“Após o diagnóstico de pré-eclâmpsia ou na condução do pré-natal de uma gestante com alterações pressóricas, é preciso estar atento a alguns sintomas para minimizar as suas complicações, como a eclâmpsia”, diz. “Se a paciente apresentar aumento de pressão arterial associado a dor de cabeça; dor no estômago e escotomas (enxergar ‘vagalumes’ ou pontos brilhantes); deve buscar ajuda e orientação médica em serviços de urgência”, reforça.
Quanto à prevenção, Oliveira explica que as pacientes que possuem algum desses fatores de risco, devem conversar com o seu médico e avaliar tratamentos profiláticos idealmente iniciados com 12 semanas de gestação. “Este consiste, basicamente, na introdução do Ácido acetilsalicílico (AAS) e em uma dieta rica em cálcio ou sua suplementação.”
Tratamento
Outro ponto importante, segundo o obstetra, é que tanto para a pré-eclâmpsia e controle da pressão arterial na gravidez há tratamentos específicos que devem ser prescritos por um médico.
“Existem alguns medicamentos que a gestante não pode fazer uso por riscos de causar malformação fetal. Por isso, é importante que as mulheres, antes de engravidar, procurem seu ginecologista para uma avaliação pré-concepcional. Nesse caso, em conjunto com o cardiologista, será feita a adequação e previamente será definido qual o melhor tratamento”, orienta. “Em geral, as convulsões na gestante são comumente precedidas pelos sinais e sintomas de eclâmpsia iminente”, completa Oliveira.
O obstetra do Sinhá Junqueira afirma ainda que é possível ter eclâmpsia no pós-parto. “A paciente que tem pré-eclâmpsia pode desenvolver complicações pressóricas no puerpério, que são os dias e primeiras semanas no pós-parto, e uma delas seria a convulsão. Por isso, é necessário ter uma vigilância nas medidas pressóricas para evitar que essa puérpera convulsione”, sinaliza.
De acordo com o médico, todas as medidas e tratamentos para controle da pressão na gestação tem o objetivo de evitar morbidades graves, como: Acidente Vascular Cerebral (AVC); insuficiência renal, hepática e cardíaca; edema pulmonar; coagulopatias; até mesmo complicações para o bebê, como restrição de crescimento, por exemplo.
“Sabemos que 10% a 15% das mortes maternas diretas estão associadas à pré-eclâmpsia e eclâmpsia, sendo que muitas são evitáveis com medidas básicas como: adesão a consultas de pré-natal; aferição de pressão arterial no consultório; anamnese detalhada feita pelo profissional da saúde que conduz o pré-natal; exames complementares básicos; além de uma vigilância nessa gestante que possui alterações pressóricas, orientando-a procurar um atendimento médico de urgência na vigência de sinais de alerta”, conclui Oliveira.
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