O fotógrafo ribeirão-pretano que já é referência na moda e na publicidade voltou sua experiência para a arte abstrata e o resultado compõe uma mostra que vem para a cidade
Quando deixou Ribeirão Preto e mudou-se para São Paulo, em busca de começar uma carreira, não demorou para que as habilidades de José Maria Morgade de Miranda Filho atrás da câmera fotográfica se destacassem. Hoje, mais de três décadas depois, o fotógrafo coleciona prêmios, campanhas e editoriais que são reverenciados no mercado de moda e publicidade, em publicações como Elle, Vogue, Marie Claire e Playboy, marcas como Calvin Klein e celebridades do nível de Gisele Bündchen.
Um trabalho tão destacado e reconhecido já seria mais que o suficiente para a maioria dos profissionais, mas não para Morgade, que, além de dedicar sua vida à moda e a beleza, sempre buscou o estado de arte.
“A mostra Boreal é fruto de uma experiência artística, entendendo que todo artista tem pulsante essa energia. Comecei por uma série de brincadeiras, porque gosto muito de fotografar – sou um apaixonado por fotografia. E aconteceu de encontrar essa arte por meio de ações químicas e óticas”, conta o autor.
O efeito a que se refere é a captura fotográfica do momento exato em que as moléculas de estruturas plásticas, de diferentes texturas, se rompem. “Através de várias reações, ali, na hora em que a molécula se quebra, eu consigo captar as cores e transformá-las. São imagens aleatórias, que eu não comando a forma, mas dou um acabamento de limpeza e, imediatamente, faço a cópia no formato de obra de arte”, explica Morgade, que se prepara para exibir todo esse trabalho em sua terra natal.
Assista o vídeo no qual o artista explica um pouco mais de Boreal:
Apesar da explicação técnica, a forma com que chega ao resultado artístico é uma fórmula que ele compara ao segredo da Coca-Cola: “algo que não contamos, porque é autoral e inédito aos olhos do público”. Ao mesmo tempo, ele ressalta que a técnica não nasceu da noite para o dia, sendo fruto de uma descoberta de 20 anos que “finalmente está dando flores e frutos”.
Arte de fora para dentro
Com um total de 67 obras prontas, entre as quais 20 estão materializadas – visto que o processo de criação não é fácil, nem barato –, o fotógrafo foi convidado a organizá-las e compor uma mostra, que recebeu o nome de Boreal – pela semelhança do efeito conquistado com o fenômeno natural.
“Boreal começou a ser exposta com a curadoria do fotógrafo Gabriel Wickbold, que é um grande amigo e me convidou para expor em sua galeria, depois de ver a importância e o peso das minhas criações. Ela já figurou na Mostra SP Arte e, em seguida, recebi o grande convite da minha vida que foi levá-las para a Art Basel, em Miami, que é a maior feira de arte contemporânea do mundo”, lembra o fotógrafo, cuja exposição foi apresentada na Trump Tower.
Esse “debut internacional” foi sucesso de crítica e deu visibilidade à exposição, que também ganhou a Galeria Use, na capital paulista, e, em breve, chegará à CASACOTRIM Bellas Artes, em Ribeirão Preto, onde deve permanecer por um mês.
“O Cotrim é um colega arquiteto, que admiro profundamente, e cuja galeria é charmosíssima. Já Ribeirão Preto é o meu amor. Acho que quem sai de Ribeirão só muda de localização, porque o coração continua nela. Meu prazer de lançar algo aqui é maior que em qualquer outra parte do mundo, porque os abraços são mais verdadeiros, o calor humano, mais quente”.
Contudo, Boreal ainda não tem data de abertura definida, visto que, morando na cidade de São Paulo, Morgade enfrenta algumas dificuldades logísticas e busca mais apoiadores. “Minhas obras serão expostas para a venda e eu estou na expectativa de dar muito certo e inaugurar em breve, porque sou apaixonado por esse trabalho”, define.
Uma narrativa fotográfica
Se agora se revela por meio de uma mostra, o trabalho de Morgade já se expressou em diferentes plataformas, inclusive em um livro, do qual o artista muito se orgulha por toda a história que representa – tanto pessoal quanto ficcional.
Do lado real, a ideia para obra “Sueños en Cuba” surgiu durante uma viagem de trabalho ao país caribenho a serviço da revista Elle Japon. Inclusive, na época, o profissional brasileiro vivia em Tóquio.
Por isso, o desenvolvimento do projeto em si só se deu mesmo um ano depois, quando retornou ao Brasil. “Aqui, me manifestei sobre a vontade de fazer um livro sobre uma história de amor cubana a partir de um enquadramento fashion e de lifestyle. O consulado adorou e me convidou para fazer as fotos lá, compondo o ‘Sueños en Cuba’”.
Com ‘Boreal’, Morgade alcança mais um nível de excelência na fotografia
O fotógrafo ribeirão-pretano que já é referência na moda e na publicidade voltou sua experiência para a arte abstrata e o resultado compõe uma mostra que vem para a cidade
Quando deixou Ribeirão Preto e mudou-se para São Paulo, em busca de começar uma carreira, não demorou para que as habilidades de José Maria Morgade de Miranda Filho atrás da câmera fotográfica se destacassem. Hoje, mais de três décadas depois, o fotógrafo coleciona prêmios, campanhas e editoriais que são reverenciados no mercado de moda e publicidade, em publicações como Elle, Vogue, Marie Claire e Playboy, marcas como Calvin Klein e celebridades do nível de Gisele Bündchen.
Um trabalho tão destacado e reconhecido já seria mais que o suficiente para a maioria dos profissionais, mas não para Morgade, que, além de dedicar sua vida à moda e a beleza, sempre buscou o estado de arte.
“A mostra Boreal é fruto de uma experiência artística, entendendo que todo artista tem pulsante essa energia. Comecei por uma série de brincadeiras, porque gosto muito de fotografar – sou um apaixonado por fotografia. E aconteceu de encontrar essa arte por meio de ações químicas e óticas”, conta o autor.
O efeito a que se refere é a captura fotográfica do momento exato em que as moléculas de estruturas plásticas, de diferentes texturas, se rompem. “Através de várias reações, ali, na hora em que a molécula se quebra, eu consigo captar as cores e transformá-las. São imagens aleatórias, que eu não comando a forma, mas dou um acabamento de limpeza e, imediatamente, faço a cópia no formato de obra de arte”, explica Morgade, que se prepara para exibir todo esse trabalho em sua terra natal.
Assista o vídeo no qual o artista explica um pouco mais de Boreal:
Apesar da explicação técnica, a forma com que chega ao resultado artístico é uma fórmula que ele compara ao segredo da Coca-Cola: “algo que não contamos, porque é autoral e inédito aos olhos do público”. Ao mesmo tempo, ele ressalta que a técnica não nasceu da noite para o dia, sendo fruto de uma descoberta de 20 anos que “finalmente está dando flores e frutos”.
Arte de fora para dentro
Com um total de 67 obras prontas, entre as quais 20 estão materializadas – visto que o processo de criação não é fácil, nem barato –, o fotógrafo foi convidado a organizá-las e compor uma mostra, que recebeu o nome de Boreal – pela semelhança do efeito conquistado com o fenômeno natural.
“Boreal começou a ser exposta com a curadoria do fotógrafo Gabriel Wickbold, que é um grande amigo e me convidou para expor em sua galeria, depois de ver a importância e o peso das minhas criações. Ela já figurou na Mostra SP Arte e, em seguida, recebi o grande convite da minha vida que foi levá-las para a Art Basel, em Miami, que é a maior feira de arte contemporânea do mundo”, lembra o fotógrafo, cuja exposição foi apresentada na Trump Tower.
Esse “debut internacional” foi sucesso de crítica e deu visibilidade à exposição, que também ganhou a Galeria Use, na capital paulista, e, em breve, chegará à CASACOTRIM Bellas Artes, em Ribeirão Preto, onde deve permanecer por um mês.
“O Cotrim é um colega arquiteto, que admiro profundamente, e cuja galeria é charmosíssima. Já Ribeirão Preto é o meu amor. Acho que quem sai de Ribeirão só muda de localização, porque o coração continua nela. Meu prazer de lançar algo aqui é maior que em qualquer outra parte do mundo, porque os abraços são mais verdadeiros, o calor humano, mais quente”.
Contudo, Boreal ainda não tem data de abertura definida, visto que, morando na cidade de São Paulo, Morgade enfrenta algumas dificuldades logísticas e busca mais apoiadores. “Minhas obras serão expostas para a venda e eu estou na expectativa de dar muito certo e inaugurar em breve, porque sou apaixonado por esse trabalho”, define.
Uma narrativa fotográfica
Se agora se revela por meio de uma mostra, o trabalho de Morgade já se expressou em diferentes plataformas, inclusive em um livro, do qual o artista muito se orgulha por toda a história que representa – tanto pessoal quanto ficcional.
Do lado real, a ideia para obra “Sueños en Cuba” surgiu durante uma viagem de trabalho ao país caribenho a serviço da revista Elle Japon. Inclusive, na época, o profissional brasileiro vivia em Tóquio.
Por isso, o desenvolvimento do projeto em si só se deu mesmo um ano depois, quando retornou ao Brasil. “Aqui, me manifestei sobre a vontade de fazer um livro sobre uma história de amor cubana a partir de um enquadramento fashion e de lifestyle. O consulado adorou e me convidou para fazer as fotos lá, compondo o ‘Sueños en Cuba’”.
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