Reconhecida pelo Ministério da Saúde como Terapia Integrativa, a apiterapia existe há mais de 100 anos e baseia-se em produtos de abelhas, sendo o principal deles o veneno
Picada de abelha pode fazer bem. É o que garantem especialistas que utilizam a apiterapia, um tipo de terapia natural que tem como base as toxinas liberadas na picada de abelha, com substâncias analgésicas e anti-inflamatórias.
A técnica existe há mais de 100 anos, mas só agora foi reconhecida como tratamento pelo SUS. Com isso, ela passa a integrar as 19 terapias alternativas adotadas pelo Ministério da Saúde. Entre os principais benefícios desta terapia, estão o baixo custo, a assertividade e o resultado, além do equilíbrio ecológico e respeito à natureza.
De acordo com Lilian Rosana dos Santos Moraes, coordenadora do curso de Terapias Integrativas da Unicesumar, dentro desse tratamento é verificado o fortalecimento e o equilíbrio do sistema imunológico. “A apiterapia tem o objetivo de estimular o organismo a produzir substâncias de defesa para fortalecer o sistema Imunológico, orientando-o a superar suas próprias barreiras de defesa, por meio de uma estimulação apropriada”.
Embora muitos ainda desconheçam a terapia das abelhas, a tendência é que a procura aumente, especialmente no tratamento de dores crônicas e inflamações. Vale lembrar que a apiterapia pretende proporcionar ao médico e ao apiterapeuta um número maior de ferramentas que venham a completar e ampliar o programa terapêutico do paciente. “A base do trabalho da apiterapia vale-se de vários produtos das abelhas, sendo o principal deles o veneno”, afirma a professora.
Mas como o veneno pode ser benéfico? Basta saber que um dos componentes do veneno, a Melitina, é 200 vezes superior ao mais potente corticoide sintético, e a Apamina inibe a destruição da Mielina, responsável pelas relações entre as células nervosas.
Segundo a coordenadora, o maior poder de apiterapia reside na mistura de vários produtos e na exploração sinérgica entre eles. “A apiterapia é mais antiga que qualquer medicamento industrial. Como um medicamento verde, ela harmoniza a pessoa em primeiro plano e então, a enfermidade”, completa Lilian.
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