Gabriela Peetz, que passou pela doença criou a roda de bate-papo para inspirar pessoas com a sua história de superação
Com apenas 20 anos, a recepcionistaGabriela Peetz sentiu que algo de errado está se passando com ela. Começou a sentir nódulos no seio direito, que doíam no período menstrual. O problema se repetia, até que um dia ela caiu de cama com febre alta. Eram os primeiro sinais de um longo desafio que estava por vir. Imediatamente, Gabriela conta que procurou sua ginecologista.
“A princípio ela pediu para fazer os exames de mamografia e ultrassom das mamas e o resultado deu pequenos nódulos, mas mesmo assim ela sugeriu a retirada e teve a brilhante ideia de levar um oncologista junto, na hora que abriram ficaram espantados, nunca tinham visto algo parecido e já tinha pegado o seio todo e não conseguiam tirar porque era muito duro, resolveram pegaram apenas um pedaço para biopsia e fechar”, relembra.
Após a cirurgia, Gabriela passou por vários especialistas. Após 9 meses passou por outra cirurgia já para retirar a mama e colocar uma prótese. A vida seguiu. Mas, em 2005 quando voltou ao médico para uma consulta de rotina, quando ele percebeu que algo não estava bem com a mama esquerda.
“O semblante dele modificou e pediu para eu correr para o hospital fazer exames que estava muito diferente e avançado. Eu não queria passar por tudo novamente e estava relutando com cirurgia, ele é conhecido da minha irmã e ligou dizendo que meu caso era grave e que provavelmente eu teria que fazer quimioterapia e radioterapia”.
A cirurgia foi marcada. Mas Gabriela não compareceu, mesmo sabendo que a doença poderia espalhar. “Era mês de dezembro, seria a última cirurgia dele do ano. Mas e voltei somente após as férias. Obviamente levei uma bronca pela atitude e a gravidade de não ter comparecido. O médico começou a me examinar e a fisionomia dele mudou novamente e ele me perguntou: ‘O que você fez? Eu perguntei: – Por quê? Ele respondeu: – Não tem mais nada! Virou para os residentes se vocês não acreditam em milagre, o milagre está aqui’. Todos me examinaram e ficaram surpresos. Refiz todos os exames e realmente não tinha mais nada”, relembra.
Os anos se passaram, Gabriela foi fazendo acompanhamento e em outubro de 2016, decidiu lançar o projeto Primavera Rosa RP, que tem como objetivo conscientizar e motivar mulheres a não desistir apesar das dores e desafios da vida. “Foi um trabalho lindo feito por um amigo no estúdio da USP e uma amiga produtora de moda e o projeto começou a florescer”, conta.
Tudo estava bem, quando em janeiro de 2017, sua menstruação começou a ficar desregulada e vinha acompanhada de uma cólica muito intensa. Gabriela foi ao ginecologista e descobriu 3 miomas “do tamanho de uma laranja cada um”. O tratamento começou com anticoncepcional, mas não deu certo. Foram meses difíceis, de muita dor e sangramento para ela, até que chegou o momento de optar pela histerectomia, procedimento que retira o útero.
“Eu tinha o sonho de mãe. Nesse meio tempo fui fazendo muitas ações sociais com um outro projeto e ali eu percebi que minha dor era pequena diante de tudo o que eu via, vi muitas coisas tristes. Em agosto eu operei e descobri que não eram apenas 3 miomas, eram 9. Não sei como estava vivendo, foi muito dolorido o pós cirúrgico, 2 meses para me restabelecer, nesse meio tempo para ocupar a cabeça voltei a reestruturar o meu projeto Primavera Rosa RP, transformei ele em uma ferramenta motivacional”, explica.
Além de reunir mulheres para compartilhar sua história, o projeto une empreendedorismo e solidariedade. Sua mãe e irmã fazem faixas de cabelo e as vendem para reverter o dinheiro em prol de doações. “Comecei a dar depoimentos no Outubro Rosa em vários lugares, escolas, Comunidade Terapêutica de Dependentes Químicos, lar de idosos, para agentes penitenciários, empresas, revistas, TV, hospital. Isso me ajudou e tenho certeza que ajudará muitas outras pessoas, assim também como na parte social. Dia 7 deste mês, completamos 8 anos. Sobre a cura e o tratamento? Não tem! Eu convivo com essa doença chamada Amiloidose é excesso de colágeno no organismo desde os 13 anos, ela não é um câncer porque ele não espalha, porém onde ele pega o órgão precisa ser retirado e ele pode dar no coração. Continuo fazendo exames anuais para controle e fé na vida, todo santo dia”, finaliza.
Primavera Rosa RP: projeto inspira mulheres com câncer de mama
Gabriela Peetz, que passou pela doença criou a roda de bate-papo para inspirar pessoas com a sua história de superação
Com apenas 20 anos, a recepcionista Gabriela Peetz sentiu que algo de errado está se passando com ela. Começou a sentir nódulos no seio direito, que doíam no período menstrual. O problema se repetia, até que um dia ela caiu de cama com febre alta. Eram os primeiro sinais de um longo desafio que estava por vir. Imediatamente, Gabriela conta que procurou sua ginecologista.
“A princípio ela pediu para fazer os exames de mamografia e ultrassom das mamas e o resultado deu pequenos nódulos, mas mesmo assim ela sugeriu a retirada e teve a brilhante ideia de levar um oncologista junto, na hora que abriram ficaram espantados, nunca tinham visto algo parecido e já tinha pegado o seio todo e não conseguiam tirar porque era muito duro, resolveram pegaram apenas um pedaço para biopsia e fechar”, relembra.
Após a cirurgia, Gabriela passou por vários especialistas. Após 9 meses passou por outra cirurgia já para retirar a mama e colocar uma prótese. A vida seguiu. Mas, em 2005 quando voltou ao médico para uma consulta de rotina, quando ele percebeu que algo não estava bem com a mama esquerda.
“O semblante dele modificou e pediu para eu correr para o hospital fazer exames que estava muito diferente e avançado. Eu não queria passar por tudo novamente e estava relutando com cirurgia, ele é conhecido da minha irmã e ligou dizendo que meu caso era grave e que provavelmente eu teria que fazer quimioterapia e radioterapia”.
A cirurgia foi marcada. Mas Gabriela não compareceu, mesmo sabendo que a doença poderia espalhar. “Era mês de dezembro, seria a última cirurgia dele do ano. Mas e voltei somente após as férias. Obviamente levei uma bronca pela atitude e a gravidade de não ter comparecido. O médico começou a me examinar e a fisionomia dele mudou novamente e ele me perguntou: ‘O que você fez? Eu perguntei: – Por quê? Ele respondeu: – Não tem mais nada! Virou para os residentes se vocês não acreditam em milagre, o milagre está aqui’. Todos me examinaram e ficaram surpresos. Refiz todos os exames e realmente não tinha mais nada”, relembra.
Os anos se passaram, Gabriela foi fazendo acompanhamento e em outubro de 2016, decidiu lançar o projeto Primavera Rosa RP, que tem como objetivo conscientizar e motivar mulheres a não desistir apesar das dores e desafios da vida. “Foi um trabalho lindo feito por um amigo no estúdio da USP e uma amiga produtora de moda e o projeto começou a florescer”, conta.
Tudo estava bem, quando em janeiro de 2017, sua menstruação começou a ficar desregulada e vinha acompanhada de uma cólica muito intensa. Gabriela foi ao ginecologista e descobriu 3 miomas “do tamanho de uma laranja cada um”. O tratamento começou com anticoncepcional, mas não deu certo. Foram meses difíceis, de muita dor e sangramento para ela, até que chegou o momento de optar pela histerectomia, procedimento que retira o útero.
“Eu tinha o sonho de mãe. Nesse meio tempo fui fazendo muitas ações sociais com um outro projeto e ali eu percebi que minha dor era pequena diante de tudo o que eu via, vi muitas coisas tristes. Em agosto eu operei e descobri que não eram apenas 3 miomas, eram 9. Não sei como estava vivendo, foi muito dolorido o pós cirúrgico, 2 meses para me restabelecer, nesse meio tempo para ocupar a cabeça voltei a reestruturar o meu projeto Primavera Rosa RP, transformei ele em uma ferramenta motivacional”, explica.
Além de reunir mulheres para compartilhar sua história, o projeto une empreendedorismo e solidariedade. Sua mãe e irmã fazem faixas de cabelo e as vendem para reverter o dinheiro em prol de doações. “Comecei a dar depoimentos no Outubro Rosa em vários lugares, escolas, Comunidade Terapêutica de Dependentes Químicos, lar de idosos, para agentes penitenciários, empresas, revistas, TV, hospital. Isso me ajudou e tenho certeza que ajudará muitas outras pessoas, assim também como na parte social. Dia 7 deste mês, completamos 8 anos. Sobre a cura e o tratamento? Não tem! Eu convivo com essa doença chamada Amiloidose é excesso de colágeno no organismo desde os 13 anos, ela não é um câncer porque ele não espalha, porém onde ele pega o órgão precisa ser retirado e ele pode dar no coração. Continuo fazendo exames anuais para controle e fé na vida, todo santo dia”, finaliza.
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