Terapias aromáticas têm sido cada vez mais utilizadas para estimular a identificação e a recuperação de memórias em estágios avançados da doença e especialista explica as razões para o êxito
A memória olfativa, que é a nossa capacidade de lembrar e associar cheiros a experiências passadas, vem sendo cada vez mais utilizada como ferramenta para o tratamento de pessoas com Alzheimer, assim como que sofrem outras doenças neurodegenerativas, segundo informações divulgadas pelo Hospital Paulista.
Embora estas condições sejam bastante complexas, afetando a memória e a cognição, o uso de aromas familiares e agradáveis demonstra grande potencial na melhoria da qualidade de vida dos pacientes. E isso também vem sendo confirmado por repetidos estudos, conforme destaca o otorrinolaringologista Alexandre Yakushijin Kumagai.
“O objetivo principal é ajudar na identificação e recuperação de memórias em estágios avançados da doença, já que a memória olfativa costuma ser uma das últimas habilidades sensoriais a serem perdidas”, explica o médico. Na prática, isso significa que a estimulação olfativa pode ajudar a ativar memórias antigas e promover o reconhecimento de pessoas, lugares e eventos marcantes, proporcionando uma sensação de conexão com o passado, além de ajudar a manter um vínculo com o ambiente ao redor.
“Por estar intimamente ligada ao sistema límbico e ao hipocampo, que são áreas do cérebro responsáveis pela emoção e pela memória, a memória olfativa tem o poder de evocar lembranças e emoções vívidas de experiências passadas de uma maneira que outros estímulos sensoriais não conseguem. Por isso, ela tão importante”, destaca o especialista.
Redução de ansiedade e estresse
Além de auxiliar na evocação de memórias, o Dr. Alexandre ressalta que os estímulos olfativos podem obter um efeito calmante e redutor de estresse. “Aromas como lavanda, camomila e hortelã são conhecidos por suas propriedades relaxantes. Para pessoas com Alzheimer, que frequentemente enfrentam ansiedade e mudanças de comportamento, criar um ambiente com esses cheiros pode ajudar a reduzir o estresse e melhorar o bem-estar emocional.”
Contudo, o médico pondera que é sempre importante levar em conta as preferências individuais de cada paciente. Ou seja, o que funciona para uma pessoa pode não ter o mesmo efeito para outra. “É sempre recomendável que os cuidadores e familiares consultem profissionais de saúde especializados para ajustar as abordagens às necessidades específicas de cada indivíduo”, reforça.
No caso de lesões cerebrais e AVCs, o objetivo do estímulo olfativo é, sobretudo, reativar áreas do cérebro eventualmente afetadas, melhorando a função cognitiva. Já em relação a Covid-19, o foco é na reabilitação sensorial de quem teve o olfato/paladar prejudicados.
Desenvolver a memória olfativa pode ajudar no tratamento de Alzheimer
Terapias aromáticas têm sido cada vez mais utilizadas para estimular a identificação e a recuperação de memórias em estágios avançados da doença e especialista explica as razões para o êxito
A memória olfativa, que é a nossa capacidade de lembrar e associar cheiros a experiências passadas, vem sendo cada vez mais utilizada como ferramenta para o tratamento de pessoas com Alzheimer, assim como que sofrem outras doenças neurodegenerativas, segundo informações divulgadas pelo Hospital Paulista.
Embora estas condições sejam bastante complexas, afetando a memória e a cognição, o uso de aromas familiares e agradáveis demonstra grande potencial na melhoria da qualidade de vida dos pacientes. E isso também vem sendo confirmado por repetidos estudos, conforme destaca o otorrinolaringologista Alexandre Yakushijin Kumagai.
“O objetivo principal é ajudar na identificação e recuperação de memórias em estágios avançados da doença, já que a memória olfativa costuma ser uma das últimas habilidades sensoriais a serem perdidas”, explica o médico. Na prática, isso significa que a estimulação olfativa pode ajudar a ativar memórias antigas e promover o reconhecimento de pessoas, lugares e eventos marcantes, proporcionando uma sensação de conexão com o passado, além de ajudar a manter um vínculo com o ambiente ao redor.
“Por estar intimamente ligada ao sistema límbico e ao hipocampo, que são áreas do cérebro responsáveis pela emoção e pela memória, a memória olfativa tem o poder de evocar lembranças e emoções vívidas de experiências passadas de uma maneira que outros estímulos sensoriais não conseguem. Por isso, ela tão importante”, destaca o especialista.
Redução de ansiedade e estresse
Além de auxiliar na evocação de memórias, o Dr. Alexandre ressalta que os estímulos olfativos podem obter um efeito calmante e redutor de estresse. “Aromas como lavanda, camomila e hortelã são conhecidos por suas propriedades relaxantes. Para pessoas com Alzheimer, que frequentemente enfrentam ansiedade e mudanças de comportamento, criar um ambiente com esses cheiros pode ajudar a reduzir o estresse e melhorar o bem-estar emocional.”
Contudo, o médico pondera que é sempre importante levar em conta as preferências individuais de cada paciente. Ou seja, o que funciona para uma pessoa pode não ter o mesmo efeito para outra. “É sempre recomendável que os cuidadores e familiares consultem profissionais de saúde especializados para ajustar as abordagens às necessidades específicas de cada indivíduo”, reforça.
No caso de lesões cerebrais e AVCs, o objetivo do estímulo olfativo é, sobretudo, reativar áreas do cérebro eventualmente afetadas, melhorando a função cognitiva. Já em relação a Covid-19, o foco é na reabilitação sensorial de quem teve o olfato/paladar prejudicados.
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